Vacina de Rotavírus #TenhaMedoDaDoençaENãoDaVacina

Crianças menores de cinco anos têm grande risco de diarreia causada pela infecção do Rotavírus, doença responsável pela morte de mais de 600 mil pessoas por ano no mundo e 40% das hospitalizações por gastroenterites.
Atualmente existem duas vacinas disponíveis, uma monovalente administrada em duas doses que é oferecida pela rede publica e protege apenas contra um tipo de vírus e uma pentavalente administrada em três doses oferecida pela rede privada.
Alguns estudos demonstram que quando mantida a alta taxa de cobertura a proteção se estende para outas faixas etárias, incluindo adultos e idosos. Isso é conhecido como a Estratégia Cocoon, já falamos sobre isso aqui.
Como em todas as vacinas existe possibilidade de reação adversa após a vacinação, as mais comuns são: irritabilidade, febre leve, náusea e diarreia.
Outras formas de prevenção contra o Rotavírus estão relacionadas a práticas de higiene adequada.

Invaginação intestinal

A primeira vacina contra o Rotavírus licenciada no mercado norte-americano teve o seu uso suspenso após o aumento do registro de invaginação intestinal pós-vacinação. Isso desencadeou o aumento do rigor nos testes pré e pós-comercialização das vacinas de Rotavírus, aumentando significativamente a segurança da mesma.
Em 2011 um estudo publicado na New England Journal of Medicine demonstrou que o número de eventos adversos é irrelevante perto da eficácia da vacina.

Recomendações

Segundo a SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações) são consideradas precauções para o uso das vacinas Rotavírus:
• Doença aguda moderada ou grave com ou sem febre;
• Outras imunodeficiências;
• Doenças gastrointestinais (GI) crônicas;
• Malformações congênitas intestinais e urinárias como espinha bífida e extrofia de bexiga.
Não existem estudos que correlacionem o aumento de alergia à proteína do leite como reação pós-vacinação contra o Rotavírus, porém a vacinação deve ser adiada caso a criança apresente algum quadro clínico intestinal.
 
 
Fonte: SBim

Importância da vacinação

Apesar de ser um tema muito abordado em diversas mídias, muitas pessoas ainda se perguntam se a vacinação é realmente necessária. Por esse motivo é importante ressaltar a importância e necessidade da vacinação sempre que houver oportunidade.
O ditado popular “melhor prevenir do que remediar” se aplica perfeitamente à vacinação. Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns no passado e que as novas gerações só ouvem falar em histórias. O resultado da vacinação não se resume a evitar doença. Vacinas salvam vidas.

Mas como a vacina ajuda o nosso sistema imunológico?

Quando uma pessoa é infectada pela primeira vez por um antígeno (substância estranha ao organismo), como o vírus do sarampo, o sistema imunológico produz anticorpos (proteínas que atuam como defensoras no organismo) para combater aquele invasor. Mas essa produção não é feita na velocidade suficiente para prevenir a doença, uma vez que o sistema imunológico não conhece aquele invasor. Por isso, a pessoa fica doente, podendo levar à morte. Mas se, anos depois, aquele organismo invadir o corpo novamente, o sistema imunológico vai produzir anticorpos em uma velocidade suficiente para evitar que a pessoa fique doente uma segunda vez. Essa proteção é chamada de imunidade.
O que a vacina faz é gerar essa imunidade. Com os mesmos antígenos que causam a doença, mas enfraquecidos ou mortos, a vacina ensina e estimula o sistema imunológico a produzir os anticorpos que levam à imunidade.
Portanto, a vacina faz as pessoas desenvolverem imunidade sem ficar doente.

Doenças controladas podem voltar

Muitas doenças infecciosas estão ficando raras. Pessoas nascidas a partir de 1990 podem nunca ter tido contato com pessoas com sarampo ou rubéola e, definitivamente, de poliomielite. Isso porque as constantes ações de vacinação foram capazes de controlar e eliminar essas doenças do Brasil.
Leia também: O que é meningite: Causas, sintomas, tratamentos e a vacina
Então, não preciso vacinar meu filho contra essas doenças? Precisa sim. Essas doenças ainda fazem vítimas em outros lugares do mundo. Com a globalização, as pessoas passam por vários continentes em uma única semana. Se não estiver vacinada, ela pode trazer a doença para o Brasil e transmitir para alguém que não esteja imunizada.
Pessoas não vacinadas, portanto, podem ser a porta de entradas de doenças eliminadas no Brasil.

Como eu posso saber se as vacinas são seguras?

Com as vacinas conseguimos erradicar a varíola e controlar diversas doenças, como a poliomielite (paralisia infantil), o sarampo, a coqueluche e a difteria, entre outras. Com isso, as vacinas protegem com segurança.  Eventuais reações, como febre e dor local, podem ocorrer após a aplicação de uma vacina, mas os benefícios da imunização são muito maiores que os riscos dessas reações temporárias.
É importante saber também que toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas fases de avaliação, desde os processos iniciais de desenvolvimento até a produção e a fase final que é a aplicação, garantindo assim sua segurança. Além disso, elas são avaliadas e aprovadas por institutos reguladores muito rígidos e independentes. No Brasil, essa função cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão do Ministério da Saúde (MS). E não é só isso. A vigilância de eventos adversos continua acontecendo depois que a vacina é licenciada, permitindo a continuidade de monitoramento da segurança do produto.
 
Fonte: Saude.Gov.br

Na Semana Mundial de Imunização, SBP reafirma importância das vacinas

A vacinação é uma importante aliada na preservação da saúde. Quanto maior a cobertura vacinal, mais facilmente conseguimos controlar a propagação de diversas doenças e assim diminuir a taxa de mortalidade, principalmente infantil.
De 24 a 30 de abril, ocorre em todo o mundo a Semana Mundial de Imunização. Para celebrar a data, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) elaborou uma carta para pediatras e população em geral, na qual destaca a importância primordial das vacinas como instrumento de promoção de saúde. Elaborada pela presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva, e pelo presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, dr. Renato Kfouri, a publicação soma-se aos esforços da campanha empreendida globalmente nesta semana.
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Conforme salienta o texto, neste ano, os temas de ênfase da Semana Mundial de Imunização são “#VaccinesWork” e “Ame, Confie e Proteja”. As frases têm o intuito de destacar o valor das imunizações, os avanços já conquistados por meio dessas ferramentas e os desafios enfrentados nos dias de hoje.
“Após a ampla utilização de vacinas em todo o mundo, obtivemos a erradicação da varíola, assim como observamos agora o processo de possível eliminação da pólio. Além disso, controlamos o sarampo, a febre amarela, a difteria e tantas outras doenças que eram responsáveis por elevadas taxas de mortalidade infantil globalmente”, afirma a publicação.

COBERTURA VACINAL

A carta também traz um alerta a respeito das sucessivas quedas das taxas de vacinação de diferentes países, inclusive do Brasil. De acordo com os autores, um grave risco está associado a esse comportamento, uma vez que o não cumprimento do calendário de vacinação estabelecido pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) pode incorrer no ressurgimento de doenças já extintas do território nacional.
“A falsa sensação de proteção, o desconhecimento dos benefícios da vacinação, o medo de eventos adversos, a dificuldade de acesso e as chamadas fake news têm sido apontadas por vários estudos como as principais causas dessa queda das coberturas vacinais”, descreve o texto.
Leia também: Mudança No Calendário Vacinal
A publicação da SBP ressalta ainda a participação ativa da entidade nas discussões a cerca das melhores práticas em imunizações e na divulgação da vacinação como instrumento promotor de saúde indispensável a todos os grupos etários, sempre destacando o papel de protagonismo do pediatra como fonte confiável de informação.
Conforme detalha o documento, o PNI é reconhecido como um dos melhores programas de vacinação do mundo. No entanto, os desafios ainda são enormes, por isso, é fundamental colaborar intensamente para conscientizar a população e alcançar as metas de imunização de todas as vacinas. “É tempo de comemorar os avanços, mas também de agir!”, finaliza a carta.

Fonte: SBP

Rotavírus #TenhaMedodaDoencaeNaoDaVacina

O Rotavírus é o maior causador de diarreia em criança de até 5 anos de idade, estima-se que o mesmo provoca até 100 milhões de episódios diarreicos por ano, causando mais de um milhão de mortes por ano.
O Rotavírus tem diversos subtipos, porém os mais prevalentes em vários países, incluindo o Brasil são: P1A, G1; P1B, G2; P1A, G3; P1A, G4; e P1B, G2. A transmissão ocorre através da vida é fecal-oral por meio de alimentos contaminados, contato pessoa-pessoa e objetos contaminados, o que dificulta o controle da transmissão, pessoas infectadas apresentam sintomas entre 24 a 48 horas após o contato com o vírus e o quadro clínico apresentado pode ser leve (diarreia líquida e de curta duração) até grave (desidratação, febre, vômitos e cólica).
A fim de controlar a disseminação viral foi implementada no calendário básico de imunização infantil em 2006 a vacina com Rotavírus atenuado, administrada em duas doses sendo a primeira aos 2 meses de idade e a segunda aos 4 meses, prevenindo assim as crianças mais vulneráveis à forma mais grave da doença.
A Rede privada conta com a vacina pentavalente que é composta por cinco subtipos de Rotavírus atenuados, ou seja, amplia a proteção. Administrada em 3 doses, aos 2,4 e 6 meses de idade, também protegendo as crianças mais vulneráveis da forma mais grave da doença.
Desde a implantação dessas vacinas a redução dos casos já é maior que 35,6% dos casos em crianças menores de um ano, evitando cerca de 1800 mortes e 91127 hospitalizações. Como todas as vacinas reações adversas são esperadas dentre elas episódios diarreicos moderados, vômitos e irritabilidade, em casos mais graves, porém muito raros, a invaginação intestinal nas primeiras semanas após a vacinação.

#TenhaMedodaDoencaeNaoDaVacina

 
Referência: LASCALA, Maysa Rocha et al. Análise das reações adversas da vacina oral do rotavirus humano na cidade de Franca – SP. Medicina (ribeirao Preto. Online), [s.l.], v. 52, n. 2, p.98-103, 4 jul. 2019. Universidade de Sao Paulo Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBiUSP. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v52i2p98-103.

Morte de 64 macacos em 21 dias acende alerta para febre amarela em SC

Em 2019 a Organização Mundial da Saúde alertou a população para uma possível terceira onda de surto de febre amarela no Brasil.
Em Santa Catarina o número de morte de macacos em poucos dias está trazendo um alerta para uma possível circulação do vírus entre os primatas, o que pode aumentar o risco de transmissão em humanos.
Notificações das mortes desses macacos estão concentradas nas regiões do Planalto Norte e Médio Vale do Itajaí
No ano passado, segundo a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), foram notificadas 20 mortes de macacos ao longo do mês de janeiro. Nenhuma delas, no entanto, foi confirmada como morte provocada em decorrência da doença. As mortes deste ano ainda estão em análise no Instituto Carlos Chagas Fiocruz do Paraná, laboratório de referência para Santa Catarina.

Nota de alerta

Diante desse cenário, a secretaria de Estado da Saúde, por meio da Dive/SC, divulgou nesta segunda-feira (20), uma nota de alerta.
No documento, a diretoria pede que os profissionais de saúde fiquem atentos aos casos suspeitos da doença, orienta sobre a importância da vacinação e a notificação da morte ou adoecimento dos primatas.
“Em 2019, Santa Catarina registrou a expansão da febre amarela em seu território, com a confirmação de dois óbitos humanos e seis primatas acometidos pela doença. É fundamental a manutenção das ações de controle da doença, especialmente a vacinação das pessoas, já que estamos no período sazonal”, alerta João Fuck, gerente de zoonoses da Dive/SC.

Casos por região de saúde e cidades

  • Vale do Itajaí

Blumenau (7), Indaial (1), Pomerode (10), Rodeio (1) e Timbó (1)

  • Grande Florianópolis

Florianópolis (4)

  • Oeste catarinense

Caçador (1) e Ibiam (1)

  • Sul catarinense

Jaraguá do Sul (7) e Massaranduba (5)

  • Serra Catarinense

Cerro Negro (1), Palmeira (1), São José do Cerrito (1)

  • Norte catarinense

Campo Alegre (4), São Bento do Sul (16) e Rio Negrinho (2)

  • Vale do Itajaí

Luiz Alves (1)

Vacinação

A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. A única forma de se proteger é através da vacinação. De acordo com a DIVE/SC, até o momento, a cobertura vacinal no estado está em 84%.
 
Fontes: https://ndmais.com.br/noticias/morte-de-64-macacos-em-21-dias-acende-alerta-para-febre-amarela-em-sc/?utm_source=Redes&utm_medium=Facebook&utm_campaign=ED
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2020/01/21/morte-de-64-macacos-reforca-alerta-para-febre-amarela-em-sc.ghtml