Coqueluche: Tudo o que você precisa saber sobre a doença

A coqueluche ou “tosse comprida” como é conhecida popularmente, é uma doença bastante conhecida por uma sequência de tosse seca intercalada pela ingestão de ar que provoca uma espécie de chiado. Sendo assim, essa tosse pode resultar em apneia e prejuízo da oxigenação do sangue.  Além da respiração, esse processo também prejudica a alimentação e pode causar ainda pneumonia, convulsões, comprometimento do sistema nervoso e morte.

Coqueluche em bebês

Mortes associadas à doença são raras, mas podem acontecer principalmente em bebês. Por isso, é muito importante que grávidas e outras pessoas que entrarão em contato com uma criança recém-nascida sejam vacinadas contra a coqueluche (vacina tríplice bacteriana).

Sintomas

A doença evolui em três fases sucessivas. A fase catarral inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves, que podem ser confundidos com uma gripe: febre, coriza, mal-estar e tosse seca. Em seguida, há acessos de tosse seca contínua. Na fase aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. Na convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum. Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.

Fatores de risco

Menor efeito da vacinação após anos: Os dois principais fatores de risco para se contrair coqueluche são referentes à vacinação. Pode ser que a vacina que você tomou quando bebê pare de fazer efeito com o passar dos anos, tornando você suscetível à doença novamente.
Falta de vacinação: Além disso, as crianças não são totalmente imunes à coqueluche até que tenham recebido as três doses necessárias da vacina pentavalente (aquela que previne contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae B). Em alguns casos, pode ser que ela contraia a doença nesse intervalo.

Prevenção da coqueluche

A melhor forma de prevenir a coqueluche é através da vacinação. No Brasil, há duas vacinas que evitam o contágio da doença e que são oferecidas gratuitamente em postos de saúde por todo o país.
É importante notar que a imunização não oferece proteção permanente contra a doença, podendo durar até dez anos sem prejuízos. No entanto, pessoas vacinadas dificilmente contraem coqueluche ao longo da vida.
Vacina pentavalente: a vacina pentavalente é dada em três doses diferentes e previne contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae B.

  • Primeira dose: aos dois meses de vida do bebê
  • Segunda dose: aos quatro meses de vida do bebê
  • Terceira dose: aos seis meses de vida do bebê

Vacina DTP (tríplice bacteriana): a vacina tríplice bacteriana é dada em duas doses de reforço e previne contra difteria, tétano e coqueluche.

  • Primeiro reforço: aos quinze meses de vida da criança
  • Segundo reforço: aos quatro anos de idade da criança

 
 
Fontes: Minha Vida/FIOCRUZ

Vacina de Rotavírus #TenhaMedoDaDoençaENãoDaVacina

Crianças menores de cinco anos têm grande risco de diarreia causada pela infecção do Rotavírus, doença responsável pela morte de mais de 600 mil pessoas por ano no mundo e 40% das hospitalizações por gastroenterites.
Atualmente existem duas vacinas disponíveis, uma monovalente administrada em duas doses que é oferecida pela rede publica e protege apenas contra um tipo de vírus e uma pentavalente administrada em três doses oferecida pela rede privada.
Alguns estudos demonstram que quando mantida a alta taxa de cobertura a proteção se estende para outas faixas etárias, incluindo adultos e idosos. Isso é conhecido como a Estratégia Cocoon, já falamos sobre isso aqui.
Como em todas as vacinas existe possibilidade de reação adversa após a vacinação, as mais comuns são: irritabilidade, febre leve, náusea e diarreia.
Outras formas de prevenção contra o Rotavírus estão relacionadas a práticas de higiene adequada.

Invaginação intestinal

A primeira vacina contra o Rotavírus licenciada no mercado norte-americano teve o seu uso suspenso após o aumento do registro de invaginação intestinal pós-vacinação. Isso desencadeou o aumento do rigor nos testes pré e pós-comercialização das vacinas de Rotavírus, aumentando significativamente a segurança da mesma.
Em 2011 um estudo publicado na New England Journal of Medicine demonstrou que o número de eventos adversos é irrelevante perto da eficácia da vacina.

Recomendações

Segundo a SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações) são consideradas precauções para o uso das vacinas Rotavírus:
• Doença aguda moderada ou grave com ou sem febre;
• Outras imunodeficiências;
• Doenças gastrointestinais (GI) crônicas;
• Malformações congênitas intestinais e urinárias como espinha bífida e extrofia de bexiga.
Não existem estudos que correlacionem o aumento de alergia à proteína do leite como reação pós-vacinação contra o Rotavírus, porém a vacinação deve ser adiada caso a criança apresente algum quadro clínico intestinal.
 
 
Fonte: SBim

Rotavírus #TenhaMedodaDoencaeNaoDaVacina

O Rotavírus é o maior causador de diarreia em criança de até 5 anos de idade, estima-se que o mesmo provoca até 100 milhões de episódios diarreicos por ano, causando mais de um milhão de mortes por ano.
O Rotavírus tem diversos subtipos, porém os mais prevalentes em vários países, incluindo o Brasil são: P1A, G1; P1B, G2; P1A, G3; P1A, G4; e P1B, G2. A transmissão ocorre através da vida é fecal-oral por meio de alimentos contaminados, contato pessoa-pessoa e objetos contaminados, o que dificulta o controle da transmissão, pessoas infectadas apresentam sintomas entre 24 a 48 horas após o contato com o vírus e o quadro clínico apresentado pode ser leve (diarreia líquida e de curta duração) até grave (desidratação, febre, vômitos e cólica).
A fim de controlar a disseminação viral foi implementada no calendário básico de imunização infantil em 2006 a vacina com Rotavírus atenuado, administrada em duas doses sendo a primeira aos 2 meses de idade e a segunda aos 4 meses, prevenindo assim as crianças mais vulneráveis à forma mais grave da doença.
A Rede privada conta com a vacina pentavalente que é composta por cinco subtipos de Rotavírus atenuados, ou seja, amplia a proteção. Administrada em 3 doses, aos 2,4 e 6 meses de idade, também protegendo as crianças mais vulneráveis da forma mais grave da doença.
Desde a implantação dessas vacinas a redução dos casos já é maior que 35,6% dos casos em crianças menores de um ano, evitando cerca de 1800 mortes e 91127 hospitalizações. Como todas as vacinas reações adversas são esperadas dentre elas episódios diarreicos moderados, vômitos e irritabilidade, em casos mais graves, porém muito raros, a invaginação intestinal nas primeiras semanas após a vacinação.

#TenhaMedodaDoencaeNaoDaVacina

 
Referência: LASCALA, Maysa Rocha et al. Análise das reações adversas da vacina oral do rotavirus humano na cidade de Franca – SP. Medicina (ribeirao Preto. Online), [s.l.], v. 52, n. 2, p.98-103, 4 jul. 2019. Universidade de Sao Paulo Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBiUSP. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v52i2p98-103.