Importância da vacinação

Apesar de ser um tema muito abordado em diversas mídias, muitas pessoas ainda se perguntam se a vacinação é realmente necessária. Por esse motivo é importante ressaltar a importância e necessidade da vacinação sempre que houver oportunidade.
O ditado popular “melhor prevenir do que remediar” se aplica perfeitamente à vacinação. Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns no passado e que as novas gerações só ouvem falar em histórias. O resultado da vacinação não se resume a evitar doença. Vacinas salvam vidas.

Mas como a vacina ajuda o nosso sistema imunológico?

Quando uma pessoa é infectada pela primeira vez por um antígeno (substância estranha ao organismo), como o vírus do sarampo, o sistema imunológico produz anticorpos (proteínas que atuam como defensoras no organismo) para combater aquele invasor. Mas essa produção não é feita na velocidade suficiente para prevenir a doença, uma vez que o sistema imunológico não conhece aquele invasor. Por isso, a pessoa fica doente, podendo levar à morte. Mas se, anos depois, aquele organismo invadir o corpo novamente, o sistema imunológico vai produzir anticorpos em uma velocidade suficiente para evitar que a pessoa fique doente uma segunda vez. Essa proteção é chamada de imunidade.
O que a vacina faz é gerar essa imunidade. Com os mesmos antígenos que causam a doença, mas enfraquecidos ou mortos, a vacina ensina e estimula o sistema imunológico a produzir os anticorpos que levam à imunidade.
Portanto, a vacina faz as pessoas desenvolverem imunidade sem ficar doente.

Doenças controladas podem voltar

Muitas doenças infecciosas estão ficando raras. Pessoas nascidas a partir de 1990 podem nunca ter tido contato com pessoas com sarampo ou rubéola e, definitivamente, de poliomielite. Isso porque as constantes ações de vacinação foram capazes de controlar e eliminar essas doenças do Brasil.
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Então, não preciso vacinar meu filho contra essas doenças? Precisa sim. Essas doenças ainda fazem vítimas em outros lugares do mundo. Com a globalização, as pessoas passam por vários continentes em uma única semana. Se não estiver vacinada, ela pode trazer a doença para o Brasil e transmitir para alguém que não esteja imunizada.
Pessoas não vacinadas, portanto, podem ser a porta de entradas de doenças eliminadas no Brasil.

Como eu posso saber se as vacinas são seguras?

Com as vacinas conseguimos erradicar a varíola e controlar diversas doenças, como a poliomielite (paralisia infantil), o sarampo, a coqueluche e a difteria, entre outras. Com isso, as vacinas protegem com segurança.  Eventuais reações, como febre e dor local, podem ocorrer após a aplicação de uma vacina, mas os benefícios da imunização são muito maiores que os riscos dessas reações temporárias.
É importante saber também que toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas fases de avaliação, desde os processos iniciais de desenvolvimento até a produção e a fase final que é a aplicação, garantindo assim sua segurança. Além disso, elas são avaliadas e aprovadas por institutos reguladores muito rígidos e independentes. No Brasil, essa função cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão do Ministério da Saúde (MS). E não é só isso. A vigilância de eventos adversos continua acontecendo depois que a vacina é licenciada, permitindo a continuidade de monitoramento da segurança do produto.
 
Fonte: Saude.Gov.br

Na Semana Mundial de Imunização, SBP reafirma importância das vacinas

A vacinação é uma importante aliada na preservação da saúde. Quanto maior a cobertura vacinal, mais facilmente conseguimos controlar a propagação de diversas doenças e assim diminuir a taxa de mortalidade, principalmente infantil.
De 24 a 30 de abril, ocorre em todo o mundo a Semana Mundial de Imunização. Para celebrar a data, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) elaborou uma carta para pediatras e população em geral, na qual destaca a importância primordial das vacinas como instrumento de promoção de saúde. Elaborada pela presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva, e pelo presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, dr. Renato Kfouri, a publicação soma-se aos esforços da campanha empreendida globalmente nesta semana.
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Conforme salienta o texto, neste ano, os temas de ênfase da Semana Mundial de Imunização são “#VaccinesWork” e “Ame, Confie e Proteja”. As frases têm o intuito de destacar o valor das imunizações, os avanços já conquistados por meio dessas ferramentas e os desafios enfrentados nos dias de hoje.
“Após a ampla utilização de vacinas em todo o mundo, obtivemos a erradicação da varíola, assim como observamos agora o processo de possível eliminação da pólio. Além disso, controlamos o sarampo, a febre amarela, a difteria e tantas outras doenças que eram responsáveis por elevadas taxas de mortalidade infantil globalmente”, afirma a publicação.

COBERTURA VACINAL

A carta também traz um alerta a respeito das sucessivas quedas das taxas de vacinação de diferentes países, inclusive do Brasil. De acordo com os autores, um grave risco está associado a esse comportamento, uma vez que o não cumprimento do calendário de vacinação estabelecido pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) pode incorrer no ressurgimento de doenças já extintas do território nacional.
“A falsa sensação de proteção, o desconhecimento dos benefícios da vacinação, o medo de eventos adversos, a dificuldade de acesso e as chamadas fake news têm sido apontadas por vários estudos como as principais causas dessa queda das coberturas vacinais”, descreve o texto.
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A publicação da SBP ressalta ainda a participação ativa da entidade nas discussões a cerca das melhores práticas em imunizações e na divulgação da vacinação como instrumento promotor de saúde indispensável a todos os grupos etários, sempre destacando o papel de protagonismo do pediatra como fonte confiável de informação.
Conforme detalha o documento, o PNI é reconhecido como um dos melhores programas de vacinação do mundo. No entanto, os desafios ainda são enormes, por isso, é fundamental colaborar intensamente para conscientizar a população e alcançar as metas de imunização de todas as vacinas. “É tempo de comemorar os avanços, mas também de agir!”, finaliza a carta.

Fonte: SBP