Calendário vacinal atrasado durante a pandemia: O que fazer

As recomendações de distanciamento social e isolamento acarretaram a redução da busca por vacinação em 2020. Dessa forma, as coberturas vacinais estão apresentando baixos índices e grande parte da população está com o calendário vacinal atrasado.
 
No início de junho de 2020, a COVID-19 já era responsável pela morte de mais de 386 mil pessoas em todo o mundo. Uma onda de surtos de sarampo, desencadeada no rastro da pandemia, pode representar outra grande ameaça à saúde global.1 Entre janeiro e outubro de 2020 mais de 8.000 casos de sarampo foram confirmados no brasil.
Sendo assim, a preocupação é de que as baixas taxas de cobertura vacinal e a reabertura das creches resultem em uma sobrecarga do sistema de saúde que já está afetado pela COVID-19.
Quando os sistemas de saúde estão sobrecarregados, aumentam de forma significativa tanto a mortalidade direta causada pela pandemia, como a mortalidade indireta causada pelas doenças imunopreveníveis e tratáveis.2
 
A febre amarela também preocupa. Até maio de 2020, 56 municípios estavam afetados pela doença, distribuídos nos estados do Paraná (38), São Paulo (4), Santa Catarina (13) e Pará (1), além de 153 municípios ampliados (circunvizinhos) localizados nos estados do Paraná (68), São Paulo (37), Santa Catarina (38) e Pará (10) ─ todos incluídos na estratégia de intensificação da vacinação do Ministério da Saúde em área de risco.3
 

Mantenha o calendário vacinal em dia

Dessa forma, são necessárias ações para que a vacinação seja incentivada, para isso podemos acelerar os calendários vacinais, respeitando a idade e os intervalos mínimos entre doses e estimular a multivacinação (aplicação do maior número possível de vacinas na mesma visita).
Mesmo durante a pandemia da COVID-19, as doenças infecciosas que podem ser evitadas com vacinas continuam colocando você e sua família em risco. As vacinas são seguras e não aumentam o risco para a COVID-19. Portanto, mantenha sua vacinação em dia.4
 
 
Referências:
1  Johns Hopkins Hospital. Coronavírus Resource Center. [Acesso em 2020 mai 31]. Disponível em https://coronavirus.jhu.edu/map.html.
2 Organização Pan-Americana da Saúde. O programa de imunização no contexto da pandemia de COVID-19. 2020 mar 26. [acesso em 2020 mai 4]. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/51984/OPASBRACOVID1920036_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y. 3.
3 Measles & Rubella Initiative. More than 117 million children at risk of missing out on measles vaccines, as COVID-19 surges. UNICEF. 2020 abr 3. [acesso em 2020 mai 4]. Disponível em: https://www.unicef.org/press-releases/more-117-million- -children-risk-missing-out-measles-vaccines-covid-19-surges.
4 https://sbim.org.br/images/files/cartilha-campanha-sbim-sbp-unicef-200611b-web.pdf

A ameaça da baixa cobertura vacinal pelo SUS

Nós já abordamos anteriormente como a propagação das “fake news” tem afetado diretamente as taxas de cobertura vacinal no mundo todo. A quantidade de notícias falsas que circulam, principalmente pela internet, tem gerado a preocupação de que novas pandemias possam surgir. Entenda tudo sobre como a disseminação dessas notícias tem impactado na saúde da sociedade e quais podem ser as consequências.
Vivemos no campo das vacinas, uma era de rápidas transformações e inovações tecnológicas disruptivas na transição para a vacinologia 4.0 e 5.0, que merecem profunda reflexão. Diante deste cenário, providências urgentes são necessárias em nosso país para fortalecer a capacidade tecnológica nacional em vacinas e, ao mesmo tempo, reverter o atual grave quadro de baixa cobertura vacinal das principais doenças infecciosas na quase totalidade dos estados brasileiros.
Em um cenário global marcado pelos crescentes temores dos cientistas de que possamos ser expostos a novas pandemias de doenças emergentes e reemergentes (como a influenza, a gripe suína, as arboviroses, favorecidas por grandes concentrações populacionais, aumento do fluxo aéreo, mobilidade populacional, mudança climática, entre outros, que venham vitimar dezenas ou mesmo centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, a exemplo da gripe espanhola no princípio do século passado), é muito preocupante o expressivo declínio observado na cobertura vacinal no país em crianças e adultos. As numerosas conquistas da saúde pública, como a erradicação da varíola, a eliminação da poliomielite, sarampo, rubéola e a redução expressiva da notificação das doenças imunopreveníveis na saúde pública brasileira, demonstram cabalmente a enorme importância e protagonismo das vacinas e vacinações na prevenção das doenças e aumento da qualidade de vida do povo brasileiro e mundial.
As novas vacinas inovadoras e com menos eventos adversos vêm crescendo exponencialmente no mercado farmacêutico e são reconhecidas como de enorme importância na prevenção das doenças e ação terapêutica, tendo como alvo o câncer e outras doenças crônico-degenerativas. O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) vem buscando fortalecer a sua competência tecnológica no desenvolvimento e internalização de tecnologias de produção no país de várias destas vacinas preventivas e terapêuticas.
Em contraste com estes expressivos avanços na inovação em vacinas e imunoterapias, os especialistas, as instituições responsáveis pela vacinação e a imprensa vêm alertando nos últimos anos para o fenômeno aqui relatado de surpreendente queda nos indicadores de cobertura vacinal no Brasil. A epidemia da febre amarela, com milhares de casos e centenas de mortes, majoritariamente de não-vacinados; o sarampo em Roraima, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso do Sul, iniciado com a entrada de refugiados venezuelanos infectados, em fuga do governo do seu país, disseminando a virose na Região Norte e causando muitos casos de sarampo, que acabaram se disseminando por todo o país. Esta rápida disseminação nacional do sarampo foi favorecida pela baixa cobertura da vacina, e outros fatores, como a queda de imunidade, que acabou levando à séria ameaça de retorno da doença ao Brasil.
Apesar de estarmos muito próximos de uma nova conquista da Humanidade — a erradicação global da poliomielite —, fenômenos surpreendentes como a importante queda de cobertura vacinal contra a pólio no país e os baixíssimos índices de cobertura vacinal para várias doenças infecciosas, inclusive poliomielite são ameaças tangíveis à população brasileira. Dados da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde indicam que as coberturas vacinais no país, estados e parcela dos municípios estão decrescendo significativamente, atingindo índices muito abaixo da meta estabelecida para cada vacina, com queda acentuada nos últimos três anos para a maioria das vacinas. A queda nas coberturas vacinais para doenças já eliminadas como sarampo, rubéola e poliomielite, ou já controladas, a exemplo da difteria e da coqueluche, expõe a população ao risco de adoecimento. Os dados recentes do ano de 2018 já indicavam menos de 45% dos municípios brasileiros com cobertura vacinal adequada em crianças com menos de 1 ano e só 65% dos municípios com cobertura vacinal adequada para febre amarela, com 312 cidades com cobertura vacinal abaixo de 50%, quando a recomendação é de 95% de cobertura (dados de 2018 do Ministério da Saúde).
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Embora diversos fatores devam ser considerados e tenham sido referidos pelas autoridades para explicar o declínio na cobertura vacinal, como a mudança do registro da imunização para registro nominal, problemas na qualidade da rede de serviços e receio pela sociedade de efeitos adversos da imunização, a verdade é que os indicadores oficiais apontam para um claro declínio na imunização de crianças, adolescentes e adultos, que precisa com urgência ser adequadamente investigado, com maior precisão nos dados.
O fenômeno global da “recusa à vacinação”, observado também em países desenvolvidos, favorecido por fake news disseminadas pelas redes sociais com exacerbação dos efeitos adversos das vacinas, como “vacina provoca autismo”, “vacina leva a problemas neurológicos”, “vacina causa doença”, “a vacinação enfraquece o sistema imunológico” etc; a dificuldade de acesso à vacinação; a falta de vacinas em algumas oportunidades; a inexistência do conhecimento pelos mais jovens e a perda de memória pelos adultos, das graves consequências destas doenças preveníveis pelas vacinas, além de outras causas, são apontados como fatores que contribuiriam para a baixa cobertura vacinal (Possas, Homma et al 2019).
É preciso, nesse novo cenário epidemiológico de baixa frequência de doenças que anteriormente assombravam as famílias, como poliomielite, sarampo, coqueluche, difteria, tétano, meningite meningocócica, entre outras, formas mais efetivas de comunicação e outras medidas, como o envolvimento de toda sociedade para o novo despertar para a importância da vacinação, além da responsabilização de todos os envolvidos nas atividades de imunização.
Uma revisão das atuais estratégias de comunicação sobre vacinas é necessária e urgente. Deve-se buscar maior impacto emocional da informação em saúde na população-alvo, além da divulgação permanente nos meios de comunicação de massa sobre as vacinas, sua importância e baixa frequência de efeitos adversos, em contraste com as complicações graves ou fatais das doenças. E a comunicação social precisa de alianças, como o Unicef, sociedades médicas, entidades privadas como o Rotary e emissoras de TV e rádio. Precisa ser menos burocrática, menos centrada no próprio governo, atingir mais o lado emocional das pessoas. O envolvimento e a participação da sociedade organizada como um todo são fundamentais.
Nas décadas anteriores, a população brasileira aderiu maciçamente ao Programa Nacional de Imunizações, internacionalmente reconhecido como um modelo muito bem-sucedido e com elevada adesão social. Portanto, esta mudança de comportamento da sociedade requer uma avaliação mais profunda e precisa de cada fator envolvido nesta resposta social de suposta recusa à imunização, que requer, de forma urgente, uma resposta específica e eficaz do poder público.
Na perspectiva do desenvolvimento sustentável (GAVI, 2018; Possas, Homma et al.2019), torna-se premente considerar o impacto econômico e social da baixa cobertura vacinal. Estudos internacionais realizados em 73 países indicam que poderá ser daqui para a frente gigantesco o impacto econômico e social da não-vacinação, se esta tendência global persistir. Nos últimos 20 anos, a expressiva ampliação da cobertura vacinal possibilitou aos países uma redução de 20 milhões de mortes e uma economia de cerca de US$ 350 bilhões somente com serviços de saúde. Além disto, se considerados o impacto a longo prazo para a economia e para a sociedade de qualidade de vida mais longa e saudável, o impacto econômico da vacinação será da ordem de US$ 820 bilhões (Osawa et al 2017). Estes dados mostram que vacinação é uma atividade de alto impacto econômico e social e não é gasto e sim investimento, alertando para a importância de urgente reversão dos expressivos cortes governamentais no orçamento destinado a vacinas e imunizações no Brasil.
Os atuais surtos de doenças imunopreveníveis no país estão revelando “buracos” de imunização: populações rurais, populações indígenas, populações mais pobres nas periferias das cidades, migrantes. Nesse último caso, é preciso estabelecer uma vacinação mais precoce dos migrantes.
Leia também: Recomendação da dose 0 de sarampo do Ministério Da Saúde e situação atual do sarampo
É imprescindível reforço na vigilância epidemiológica em todo o país, para que se possa detectar o mais precocemente possível a ocorrência de casos de doenças evitáveis por vacinação. Há necessidade também de inquéritos para saber os motivos reais da não-vacinação. Por oportuno, é importante destacar a acentuada deterioração do SUS nas últimas décadas, que vem contribuindo de forma significativa para o declínio da cobertura vacinal, refletindo-se na queda na qualidade dos serviços locais de imunização.
Na vacinação, ainda que a proteção seja individual, a busca de níveis constantes de alta cobertura vacinal de toda população é crucial para se alcançar a proteção coletiva e assegurar o bem-estar da população. Sendo um tema de alta relevância para a saúde de toda população, o binômio vacinas e vacinação deveria ser parte do currículo nas escolas primárias, secundárias e do ensino superior.
Esta dimensão coletiva da proteção vacinal impõe a busca da confiança e do convencimento da importância da vacinação por toda população e requer urgente aprimoramento dos sistemas de informação sobre imunizações e a importância da cobertura vacinal, a necessidade de revisão das estratégias nacionais de coordenação e de gestão local dos serviços e salas de imunização.
Para assegurar estratégias nacionais de coordenação mais eficazes, é necessária uma reflexão sobre a estrutura e a organização institucional do SUS na Constituição de 1988 no campo da saúde pública e das vacinas. O PNI, apesar do seu histórico dinamismo, fica com sua capacidade de coordenação limitada, de mãos atadas, especialmente neste momento de crise do SUS, em um sistema altamente descentralizado na execução finalística da imunização, o que em termos de saúde pública coloca sérios problemas e deve ser revisto. A atual organização institucional do PNI precisa portanto ser revista, especialmente no grave cenário atual de alto potencial de pandemias de doenças emergentes e reemergentes, o que impõe respostas imediatas e que se repense a sua atual estrutura, restaurando sua verticalização.
Finalmente, esta estratégia nacional de imunizações deverá ser integrada em um sistema global eficiente de preparedness. Esta questão é da maior relevância e foi recentemente destacada pela Organização Mundial da Saúde, mostrando que entre 2011 e 2018, houve um crescimento e rápida propagação de surtos epidêmicos, constatando-se no período 1.483 surtos epidêmicos em 172 países. Estamos, portanto, vivendo numa nova era de rápida disseminação global de epidemias de ebola, Sars, Mers, zika, dengue, febre amarela, chikungunya e outras. Diante da gravidade deste quadro, é necessário implantar com urgência uma estrutura coordenada e estratégica com alta capacidade de mobilização e controle, articulando PD&I de vacinas, vacinações, vigilância epidemiológica e laboratorial, apoiada por um sistema ágil e preciso de informação, evitando desta forma epidemias que se vislumbram perigosamente no horizonte.
 
*Akira Homma e Cristina Possas são assessores científicos do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).
 
Agradecimentos: os autores agradecem, In memoriam, a valiosa contribuição de Reinaldo de Menezes Martins, fez algumas das reflexões que geraram este artigo.
 
Fonte: Agência.FioCruz
Foto: Peter Ilicciev

Coronavírus: como cuidar da saúde mental em tempos de pandemia

O mundo está passando por um momento delicado em meio a pandemia de coronavírus. São muitas informações e mudanças acontecendo de forma rápida e inesperada. O isolamento social, a incerteza dos próximos dias… é necessário nos cuidarmos para que essa situação não cause danos graves ao nosso mental e psicológico.
O momento de crise, e quarentena, está fazendo muito mal para você?
Além dos cuidados com a saúde física, como a importante higienização correta das mãos, não se pode esquecer que o nosso emocional também fica abalado com o distanciamento social, necessário para pausar a pandemia do covid-19. A overdose de informações, entre elas as fake news, causam ansiedade. O medo e a incerteza do momento prejudicam a saúde mental, isso é fato. Então, mais do que nunca, é momento de se cuidar. Mas como?

Faça atividades físicas

Se você já praticava, mas agora não pode ir à academia, não abandone os exercícios. Ou você que não é tão fã de esportes, que tal começar a se exercitar também? É importante para o seu corpo e sua mente: atividades físicas auxiliam na produção de endorfina, que ajuda no equilíbrio das emoções. Vale caminhada no quintal, esteira dentro de casa, pular corda no jardim, subir escadas. Improvise!

Mantenha o contato (virtual)

Mate a saudade com a tecnologia: abuse e use das vídeo-chamadas para colocar o papo em dia com quem você gosta. Fale de outras coisas além da pandemia, relembre bons momentos, faça planos. Amor e boas risadas sempre são ótimos remédios.

Use o tempo para colocar o estudo em dia 

Sabe aquele assunto que você tem mais dificuldade? Ou alguma aula que você perdeu e acabou deixando passar? Retome e aproveite esse tempo a mais para colocar em dia. Isso vai te dar uma sensação boa, de satisfação, além de trazer bons resultados no futuro.
Fazer cursos pela internet também é ótima ideia nesse período. Confira a lista que selecionamos de cursos online gratuitos para fazer durante a quarentena.
Leia também: Hepatites Virais #TenhaMedodaDoençaeNãodaVacina

Coloque lazer na sua rotina

A gente fala muito de se adaptar e manter uma nova rotina de trabalho e estudo durante a quarentena, o que é de grande importância. Mas lembre-se de pensar no entretenimento também: depois que terminar suas tarefas do dia, não fique só esperando o tempo passar, reclamando do tédio. Que tal assistir àquele filme que te traz uma sensação boa de nostalgia? Ou fazer uma noite de jogos com os familiares ou amigos que moram com você?
Nesses dias, é importante se cuidar mais ainda, seja com uma boa dose de diversão, ou com exercícios de meditação e ioga. Faça o que você mais gosta (dentro de casa).

Atenção!

A preocupação faz parte do momento, mas como reconhecer que esse momento de crise está fazendo muito mal para o seu cérebro? Para responder, Saulo Nader, neurologista do hospital Albert Einstein, e a psiquiatra Maria Fernanda Caliani da clínica Neurologia e Psiquiatria fizeram uma lista de situações que podem estar acontecendo com você:

  • Preocupação excessiva e desproporcional com o tema;
    • Necessidade de ficar checando diversas vezes estatísticas e notícias sobre o assunto, de forma incessante;
    • Pensamentos repetitivos e intrusivos sobre isso a todo momento. Toda hora se pega pensando sobre a chance de infecção em você ou alguém de sua família;
    • Medo exagerado. Sensação de aperto no peito, angústia ou ansiedade de ter contato com o tema e as notícias sobre o assunto;
    • Rigidez excessiva nas medidas de prevenção. Incômodo excessivo em pensar que mãos ou partes do corpo podem estar contaminadas, levando a comportamentos repetitivos e exaustivos de lavagem de mãos ou partes do corpo;
    • Aparecimento de sintomas como tristeza sem motivo aparente, perda de interesse em coisas que antes davam muita satisfação, queda na energia para realizar tarefas, ansiedade alta durante atividades do dia a dia, alterações no sono (ou insônia ou sonolência demais), alteração de apetite (aumento ou perda), crises de angústia, dificuldade em controlar as emoções, irritabilidade excessiva, intolerância e impaciência excessivas, entre outros.

Caso você não consiga lidar sozinho com a situação, procure ajuda médica. Muitos psicólogos estão com iniciativas online para ajudar a sociedade neste momento. Peça ajuda!
 
 
Fonte: GuiaDoEstudante

Brasil sofre com epidemia de desinformação sobre vacinas, revela estudo inédito

Atualmente muito ouvimos falar referente às fake news, informações falsas que são divulgadas como verdadeiras e que geram muita confusão em diversos assuntos. Apesar de parecer um termo novo, ele já existe há muito tempo, mas somente agora com a propagação do uso das redes sociais e aplicativos que essa expressão ganhou força e se destacou.
Apesar de não parecer, a divulgação de fake news está acompanhada de graves consequências em diversos casos, um exemplo que podemos acompanhar de perto é o retorno de doenças que estavam erradicadas, resultado da baixa cobertura vacinal que o país está passando no momento. Isso se torna um ciclo difícil de ser combatido, a partir do momento em que se recebe uma fake news, quase que automaticamente a pessoa repassa esse conteúdo sem verificar a veracidade das informações contidas, e assim compartilha informações falsas e aumenta o alcance desse tipo de mensagem.
 
Para poder ter uma melhor noção deste cenário, um novo estudo foi solicitado pela Avaaz e pela SBIm, e o resultado foi preocupante.
 
Segundo pesquisa, de cada dez pessoas entrevistadas, sete disseram que acreditaram em pelo menos uma notícia falsa sobre vacina.
Qual o alcance de uma mentira? Com que velocidade ela se espalha? Que efeitos pode ter? Quem foi pesquisar sobre isso ficou preocupado. Não é exagero nenhum a gente falar que existe uma epidemia de desinformação no Brasil sobre vacinas. E essa epidemia está afetando as taxas de vacinação brasileiras.

A Avaaz, uma ONG de mobilização social, e a Sociedade Brasileira de Imunizações encomendaram ao Ibope uma pesquisa que trouxe os seguintes números: de cada dez pessoas entrevistadas, sete disseram que acreditaram em pelo menos uma notícia falsa sobre vacina.

Segundo o estudo, 57% dos que não se vacinaram citaram um motivo relacionado à desinformação, e 48% dos entrevistados falaram que têm redes sociais e aplicativos como uma das principais fontes de informação sobre vacina.
 
Fonte: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2019/11/10/brasil-sofre-com-epidemia-de-desinformacao-sobre-vacinas-revela-estudo-inedito.ghtml
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/curiosidades/fake-news.htm