Meningites Meningocócicas #TenhaMedodaDoençaeNãodaVacina

Conhece o meningococo? 

O meningococo é uma bactéria que pode causar meningite e septicemia, duas infecções graves. Os sintomas mais comuns são: febre alta e repentina, dor de cabeça intensa, rigidez do pescoço, vômitos e em alguns casos sensibilidade à luz (fotofobia) e confusão mental. Além desses sintomas, também pode acarretar cegueira, surdez, problemas neurológicos e amputação de membros.  Quando alojado na corrente sanguínea o meningococo é ainda mais agressivo, sendo letal em 7 a cada 10 pacientes.
Existem cinco tipos mais comuns no mundo, sendo eles: A, B, C, W e Y.

O que é meningite?

É a inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal e pode ser causada por diversos agentes, a forma mais comum da doença é a meningite viral, para as meningites virais não existe vacina. Já as formas mais graves da doença são derivadas de bactérias que podem levar pacientes a óbito em até 24 horas.

O que é septicemia meningocócica?

Acontece quando a meningocócica se aloja na corrente sanguínea e se multiplica danificando a parede dos vasos sanguíneos e causando sangramento na pele e órgãos.
No Brasil o tipo C é o responsável pelo maior número de infecções, porém desde 2010 quando a vacina passou a ser oferecida no serviço público para menores de 5 anos, o percentual de registros por meningite C passou de 70% para 59% em maiores de 5 anos. Com a redução do tipo C o tipo B ganhou força e passou a ser o segundo mais frequente, em menores de 5 anos é responsável por 60% dos casos.
Na América latina o tipo W também tem muita força, na argentina, por exemplo, é o agente causador de mais de 50% dos casos de meningite meningocócica. Próximo à Argentina, em Santa Catarina o tipo W é o responsável por 43% dos tipos.
Essas bactérias são transmitidas de pessoa para pessoa através de gotículas de secreção respiratória e de garganta de portadores (muitas vezes assintomáticos). Beijos, espirros, tosses e o compartilhamento de objetos são meios de fácil transmissão e contaminação.
Atualmente existem no Brasil três vacinas contra o meningococo, são elas: Meningite C que está disponível no serviço publico, Meningocócica ACWY e Meningocócica B, ambas disponíveis somente no serviço privado. São recomendadas na rotina de vacinação infantil a partir dos 2 ou 3 meses e para portadoras de algumas doenças crônicas, independentemente da idade, com recomendação médica.
 
Fonte: https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacina-meningococica-b

Como prevenir o câncer

Neste dia 04 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial da Luta Contra o Câncer, uma data importante para trazer discussões acerca dessa doença que é a segunda maior causa de mortes no mundo. Entender as formas de prevenção do câncer é o primeiro passo para combatê-lo.
 

  • A prevenção do câncer engloba ações realizadas para reduzir os riscos de ter a doença.

O objetivo da prevenção primária é impedir que o câncer se desenvolva. Isso inclui evitar a exposição aos fatores de risco de câncer e a adoção de um modo de vida saudável.

  • O objetivo da prevenção secundária é detectar e tratar doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada pelo vírus HPV ou pólipos nas paredes do intestino) ou cânceres assintomáticos iniciais.

 

12 dicas para prevenir o câncer

 

Não fume!

Essa é a regra mais importante para prevenir o câncer, principalmente os de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e esôfago. Ao fumar, são liberadas no ambiente mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes. Parar de fumar e de poluir o ambiente é fundamental para a prevenção do câncer.
 

Alimentação saudável protege contra o câncer

Uma ingestão rica em alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e pobre em alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou prontos para aquecer e bebidas adoçadas, pode prevenir o câncer. A alimentação deve ser saborosa, respeitar a cultura local, proporcionar prazer e saúde e incluir alimentos regionais.
 

Mantenha o peso corporal adequado

Manter um peso saudável ao longo da vida é uma das formas mais importantes de se proteger contra o câncer. Uma alimentação saudável favorece a manutenção do peso saudável e a recomendação é evitar alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para aquecer ou consumir, e fazer dos alimentos in natura e minimamente processados como as frutas, legumes, verduras, feijões e outros grãos, sementes, castanhas a base da alimentação.
A atividade física também contribui para se proteger contra o câncer, além de contribuir para a manutenção do peso corporal saudável. Para a prática de atividade física, não há necessidade de serem aquelas modalidades que demandem a contratação de serviços como academias; atividades como caminhar tanto no tempo livre, quanto no deslocamento para outros compromissos, pedalar, dançar, etc são boas opções.
A criação de ambientes que incentivem a alimentação saudável e ser fisicamente ativo ao longo da vida é fundamental para o controle do câncer.
 

Pratique atividades físicas

Você pode, por exemplo, caminhar, dançar, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar da casa ou do jardim ou buscar modalidades como a corrida de rua, ginástica, musculação, entre outras. Experimente, ache aquela modalidade que você goste, aproveite e busque fazer dessas atividades um momento coletivo, prazeroso e divertido, com a família e amigos, ou faça da atividade física um momento introspectivo no qual você se conecta consigo, enfim, é possível encaixar a atividade física na rotina de cada um, seja através do deslocamento ativo indo ao trabalho ou outras atividades caminhando ou de bicicleta, são diferentes possibilidades.
 

Amamente

O aleitamento materno é a primeira ação de alimentação saudável. A amamentação até os dois anos ou mais, sendo exclusiva até os seis meses de vida da criança, protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil. A partir de seis meses da criança, deve-se complementar a amamentação conforme a dica sobre Alimentação saudável e proteção contra o câncer.
 

Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos

As alterações das células do colo do útero são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica deste exame. Tão importante quanto fazer o exame é saber o resultado, seguir as orientações médicas e o tratamento indicado.
 

Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos

A vacinação contra o HPV, disponível no SUS, e o exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção do câncer do colo do útero. Mesmo as mulheres vacinadas, quando chegarem aos 25 anos, deverão fazer um exame preventivo a cada três anos, pois a vacina não protege contra todos os subtipos do HPV.
 

Vacine contra a hepatite B

O câncer de fígado está relacionado à infecção pelo vírus causador da hepatite B e a vacina é um importante meio de prevenção deste câncer. O Ministério da Saúde disponibiliza nos postos de saúde do País a vacina contra esse vírus para pessoas de todas as idades.
 

Evite a ingestão de bebidas alcoólicas

Seu consumo, em qualquer quantidade, contribui para o risco de desenvolver câncer. Além disso, combinar bebidas alcoólicas com o tabaco aumenta a possibilidade do surgimento da doença.
 

Evite comer carne processada

Carnes processadas como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru podem aumentar a chance de desenvolver câncer. Os conservantes (como os nitritos e nitratos) podem provocar o surgimento de câncer de intestino (cólon e reto) e o sal provocar o de estômago.
 

Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios

Se for inevitável a exposição ao sol durante a jornada de trabalho, use chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.
 

Evite exposição a agentes cancerígenos no trabalho

Agentes químicos, físicos e biológicos ou suas combinações são causas bem conhecidas de câncer relacionado ao trabalho, e evitar ou diminuir a exposição a estes agentes seria o ideal e desejável. Mas para que isto ocorra de maneira satisfatória, é necessário o comprometimento de todos os envolvidos nos diversos processos de trabalho, visando a elaboração de planos para evitar o adoecimento dos trabalhadores. Também é fundamental a implementação de leis que obriguem e fiscalizem a substituição dos agentes causadores câncer no trabalho por outros mais saudáveis, quando já houver esta alternativa.
 
Fontes: https://www.inca.gov.br/causas-e-prevencao/como-prevenir-o-cancer
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5588:folha-informativa-cancer&Itemid=1094

Rotavírus #TenhaMedodaDoencaeNaoDaVacina

O Rotavírus é o maior causador de diarreia em criança de até 5 anos de idade, estima-se que o mesmo provoca até 100 milhões de episódios diarreicos por ano, causando mais de um milhão de mortes por ano.
O Rotavírus tem diversos subtipos, porém os mais prevalentes em vários países, incluindo o Brasil são: P1A, G1; P1B, G2; P1A, G3; P1A, G4; e P1B, G2. A transmissão ocorre através da vida é fecal-oral por meio de alimentos contaminados, contato pessoa-pessoa e objetos contaminados, o que dificulta o controle da transmissão, pessoas infectadas apresentam sintomas entre 24 a 48 horas após o contato com o vírus e o quadro clínico apresentado pode ser leve (diarreia líquida e de curta duração) até grave (desidratação, febre, vômitos e cólica).
A fim de controlar a disseminação viral foi implementada no calendário básico de imunização infantil em 2006 a vacina com Rotavírus atenuado, administrada em duas doses sendo a primeira aos 2 meses de idade e a segunda aos 4 meses, prevenindo assim as crianças mais vulneráveis à forma mais grave da doença.
A Rede privada conta com a vacina pentavalente que é composta por cinco subtipos de Rotavírus atenuados, ou seja, amplia a proteção. Administrada em 3 doses, aos 2,4 e 6 meses de idade, também protegendo as crianças mais vulneráveis da forma mais grave da doença.
Desde a implantação dessas vacinas a redução dos casos já é maior que 35,6% dos casos em crianças menores de um ano, evitando cerca de 1800 mortes e 91127 hospitalizações. Como todas as vacinas reações adversas são esperadas dentre elas episódios diarreicos moderados, vômitos e irritabilidade, em casos mais graves, porém muito raros, a invaginação intestinal nas primeiras semanas após a vacinação.

#TenhaMedodaDoencaeNaoDaVacina

 
Referência: LASCALA, Maysa Rocha et al. Análise das reações adversas da vacina oral do rotavirus humano na cidade de Franca – SP. Medicina (ribeirao Preto. Online), [s.l.], v. 52, n. 2, p.98-103, 4 jul. 2019. Universidade de Sao Paulo Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBiUSP. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v52i2p98-103.

Morte de 64 macacos em 21 dias acende alerta para febre amarela em SC

Em 2019 a Organização Mundial da Saúde alertou a população para uma possível terceira onda de surto de febre amarela no Brasil.
Em Santa Catarina o número de morte de macacos em poucos dias está trazendo um alerta para uma possível circulação do vírus entre os primatas, o que pode aumentar o risco de transmissão em humanos.
Notificações das mortes desses macacos estão concentradas nas regiões do Planalto Norte e Médio Vale do Itajaí
No ano passado, segundo a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), foram notificadas 20 mortes de macacos ao longo do mês de janeiro. Nenhuma delas, no entanto, foi confirmada como morte provocada em decorrência da doença. As mortes deste ano ainda estão em análise no Instituto Carlos Chagas Fiocruz do Paraná, laboratório de referência para Santa Catarina.

Nota de alerta

Diante desse cenário, a secretaria de Estado da Saúde, por meio da Dive/SC, divulgou nesta segunda-feira (20), uma nota de alerta.
No documento, a diretoria pede que os profissionais de saúde fiquem atentos aos casos suspeitos da doença, orienta sobre a importância da vacinação e a notificação da morte ou adoecimento dos primatas.
“Em 2019, Santa Catarina registrou a expansão da febre amarela em seu território, com a confirmação de dois óbitos humanos e seis primatas acometidos pela doença. É fundamental a manutenção das ações de controle da doença, especialmente a vacinação das pessoas, já que estamos no período sazonal”, alerta João Fuck, gerente de zoonoses da Dive/SC.

Casos por região de saúde e cidades

  • Vale do Itajaí

Blumenau (7), Indaial (1), Pomerode (10), Rodeio (1) e Timbó (1)

  • Grande Florianópolis

Florianópolis (4)

  • Oeste catarinense

Caçador (1) e Ibiam (1)

  • Sul catarinense

Jaraguá do Sul (7) e Massaranduba (5)

  • Serra Catarinense

Cerro Negro (1), Palmeira (1), São José do Cerrito (1)

  • Norte catarinense

Campo Alegre (4), São Bento do Sul (16) e Rio Negrinho (2)

  • Vale do Itajaí

Luiz Alves (1)

Vacinação

A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. A única forma de se proteger é através da vacinação. De acordo com a DIVE/SC, até o momento, a cobertura vacinal no estado está em 84%.
 
Fontes: https://ndmais.com.br/noticias/morte-de-64-macacos-em-21-dias-acende-alerta-para-febre-amarela-em-sc/?utm_source=Redes&utm_medium=Facebook&utm_campaign=ED
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2020/01/21/morte-de-64-macacos-reforca-alerta-para-febre-amarela-em-sc.ghtml

HPV #TenhaMedoDaDoençaeNaodaVacina

Existem mais de 150 subtipos de HPV, desses subtipos 40 costumam infectar o trato genital e 12 causam cânceres e verrugas genitais. É um vírus altamente contagioso que pode causar danos reversíveis e irreversíveis em mulheres e homens, sendo transmitido principalmente através do contato sexual, a infecção por HPV muitas vezes é silenciosa, o vírus é capaz de ficar latente por anos até começar a desenvolver os primeiros sintomas.
Estima-se que aproximadamente 10% das pessoas (homens e mulheres) terão verrugas genitais ao longo de suas vidas, por isso é importante reforçar que lesões não tratadas podem evoluir para cânceres, não só no colo do útero, como em todo trato genital, vagina, vulva, anus, pênis, orofaringe e boca. Mais de 90% do câncer anal são atribuídos à infecção pelo HPV.
Dos 150 subtipos de HPV, 12 deles estão ligados a casos de cânceres, são os chamados vírus oncogênicos pois apresentam maior probabilidade de provocar infecções persistentes e lesões percussoras, os subtipos 16 e 18 representam 70% dos casos de câncer do colo de útero.
Leia também: Entenda melhor o HPV
Para prevenção do HPV pode se utilizar contraceptivo de barreira (camisinha) e a vacinação. Atualmente no Brasil duas vacinas estão habilitas, a bivalente que protege contra os tipos 16 e 18 e a quadrivalente que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18. É importante lembrar que a vacina não é terapêutica, ou seja, ela não trata infecções pré-existentes.
Apesar de diversos rumores sobre eventos adversos pós- vacinação, a vacina é bastante segura e os eventos adversos após a vacinação são leves (dor local, febre e dor de cabeça) e autolimitados, eventos graves são raros.
 
Referência: SAUDE, Ministerio da; SAÚDE, Secretaria de VigilÂncia em; TRANSMISSÍVEIS, Departamento de VigilÂncia de DoenÇas. GUIA PRÁTICO SOBRE HPV PERGUNTAS E RESPOSTAS. 2017. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/dezembro/07/Perguntas-e-respostas-HPV-.pdf>. Acesso em: 13 jan. 2020.

Mudança no calendário vacinal

Em 2017 o Brasil passou a seguir a recomendação da OMS ofertando apenas uma dose da vacina contra febre amarela durante toda a vida, porém existem estudos que demonstram que crianças vacinadas muito cedo, aos 9 meses de idade podem sofrer uma diminuição da resposta imunológica, tornando necessário uma segunda dose da vacina.
Os novos calendários da SBIm e do Ministério da Saúde recomendam o esquema de duas doses para crianças de 0 a 10 anos, sendo a 1ª aos 9 meses e a 2ª dose aos 4 anos de idade.
O objetivo é aumentar a cobertura vacinal e garantir a segurança da população. A vacinação contra febre amarela também foi ampliada para todos os estados do Nordeste, antes ofertada apenas em algumas regiões do país.
“Dessa forma, todo o país passa a contar com a vacina contra a febre amarela na rotina dos serviços. As novas diretrizes sobre as Campanhas Nacionais de Vacinação foram enviadas pela pasta aos estados e aos municípios em novembro deste ano para que estejam preparados para as ações do próximo ano”, informou o ministério.
Leia também: OMS aumenta alerta de febre amarela no Brasil
A pasta informou também que a campanha contra a gripe, realizada todos os anos entre abril e maio, contará com um novo público, os adultos de 55 a 59 anos. A medida tem por objetivo ampliar a vacinação dos grupos mais vulneráveis. “O público-alvo, portanto, representará aproximadamente 67,7 milhões de pessoas. A meta é vacinar, pelo menos, 90% dos grupos prioritários para a vacinação, que já conta com crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas, pessoas com doenças crônicas, trabalhadores de saúde, idosos, entre outros”.
Segundo o ministério, as datas para início das campanhas serão definidas pelos estados, a partir do plano de implantação elaborado individualmente por eles. “O Ministério da Saúde conta com estoque suficiente para atender a demanda, a partir da solicitação de quantitativo dos estados, responsáveis por fazer a distribuição das doses aos municípios”.
 
Fontes: https://exame.abril.com.br/brasil/sus-amplia-publico-para-vacinas-contra-febre-amarela-e-gripe/
https://portugues.medscape.com/verartigo/6504051

Entenda melhor o que é o HPV

Há cerca de 150 tipos de HPV, dos quais por volta de 13 são capazes de causar câncer. O HPV está relacionado a 99% dos casos de câncer de colo de útero, 63% dos casos de câncer de pênis, 91% dos casos de câncer de ânus, 75% dos casos de câncer de vagina, 72% dos casos de câncer de orofaringe e 69% dos casos de câncer de vulva. O vírus também pode acarretar verrugas genitais, é um problema de saúde pública que merece atenção.
Além de ser extremamente comum: estimativas apontam que a probabilidade de infecção em algum momento da vida é de 91,3% para homens e 84,6% para mulheres, mais de 80% das pessoas de ambos os sexos contraem o vírus antes dos 45 anos.
O Brasil tem em 2019 duas vacinas HPV licenciadas: a bivalente, que previne os tipos 16 e 18 e a quadrivalente, que previne os tipos 6, 11, 16 e 18. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece a vacina quadrivalente para meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos e indivíduos de 9 a 26 anos de ambos os sexos nas seguintes condições: convivendo com HIV/AIDS; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.
Os tipos 16 e 18, presentes na vacina, são responsáveis por 70% dos cânceres de colo de útero. Os tipos 6 e 11, também inclusos na vacina, estão associados a 90% das verrugas genitais. A eficácia de ambas as vacinas é próxima de 100%.
De cinco a oito anos após a introdução da vacina quadrivalente no sistema público houve redução de prevalência do HPV 16 e 18 em 83% nas meninas de 13 a 19 anos; 66% nas mulheres de 20 a 24 anos; e 37% nas mulheres de 25 a 29 anos.
O uso de camisinha diminui a chance, mas não elimina a possibilidade de infecção pelo HPV. Com exceção da abstinência sexual por toda a vida, a vacina é a medida preventiva mais eficaz.
 
FONTE: https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/comunicado-sbimsbpsbifebrasgoabptgicsbmt-vacinahpv-final.pdf