Vírus selvagem da poliomielite tipo 3 está oficialmente erradicado

Existem três diferentes cepas de poliovírus selvagem: o poliovírus selvagem tipo 1 (WPV1), o poliovírus selvagem tipo 2 (WPV2) e o poliovírus selvagem tipo 3 (WPV3). Os sintomas nos três casos são os mesmos, e podem causar paralisia irreversível ou até mesmo levar a óbito igualmente. Porém existem diferenças genéticas e virais, que tornam essas três cepas em três vírus separados, sendo necessário que sejam erradicados separadamente.
 
O poliovírus tipo 2 foi erradicado em 2015, esse foi um grande marco para a saúde mundial, e agora em 2019 podemos comemorar mais uma conquista. Em novembro a Comissão Global para a Certificação da Erradicação da Poliomielite anunciou a erradicação do poliovírus selvagem tipo 3. Essas são conquistas das políticas públicas de vacinação.
 
“Essa é uma conquista significativa, que deve revigorar o processo de erradicação e fornece motivação para a etapa final – a erradicação do poliovírus selvagem tipo 1” declarou o professor David Salisbury, presidente da Comissão Global em um evento de celebração na sede da Organização Mundial da Saúde.
 
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS informou que o próximo passo é erradicar o tipo 1 ainda circulante no Paquistão e no Afeganistão. “Continuamos totalmente comprometidos em garantir que os recursos necessários sejam disponibilizados para erradicar todas as cepas. Pedimos aos nossos parceiros que também mantenham o rumo até que o sucesso final seja alcançado”.

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Já para Juarez Cunho, presidente da Sociedade Brasileira de imunização (SBIm) esse também é um grande marco na saúde mundial, mas não se pode diminuir os esforços para manter as taxas de vacinação elevadas já que os últimos casos de poliomielite registrados aconteceram ainda nos anos 90 nas américas.
 
 
Fonte: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6050:no-dia-mundial-da-polio-comissao-de-especialistas-declara-erradicacao-global-do-poliovirus-selvagem-tipo-3&Itemid=812
https://sbim.org.br/noticias/1135-virus-selvagem-da-poliomielite-tipo-3-esta-oficialmente-erradicado

Estratégias para diminuir a dor da vacinação

Só de chegar o dia da vacina do bebê as famílias já ficam com o coração apertado por conta da dor. Existem algumas opções que auxiliam a diminuir a dor e incômodo sentido pelos bebês e crianças nesse momento. Continue lendo e saiba mais sobre algumas delas. A OMS elaborou um documento recomendando amamentar os lactentes no momento da vacinação e imediatamente após, pois a sucção é analgésica para os bebês.

A amamentação diminui a dor do bebê durante a vacinação?

Só de chegar o dia da vacina do bebê as famílias já ficam com o coração apertado por conta da dor. A procura por uma forma de diminuir o incômodo sentido pelos bebês nesse momento chegou ao fim de uma forma simples e natural.
A OMS elaborou um documento recomendando amamentar os lactentes no momento da vacinação e imediatamente após, pois a sucção é analgésica para os bebês. O leite materno contém endorfina, substância química que ajuda a suprimir a dor e também reforça a eficiência da vacina. Além disso a amamentação aumenta a segurança da mãe e diminui a ansiedade.
Recomenda-se colocar o lactente ao seio antes e durante o a vacinação, mantendo-o alguns minutos após o final, e não há com o que se preocupar: a criança não irá associar a amamentação com um momento ruim.
Um estudo feito em 2015 na cidade de Ribeirão Preto demonstrou que o contato pele a pele combinado a amamentação pode potencializar o efeito analgésico, contribuindo para a melhor recuperação do RN após o procedimento de vacinação.
Ou seja, é oficial que a “mamalgesia”, o ato de amamentar a criança durante a vacina é uma forma eficiente de conseguir amenizar a dor do bebê tanto durante o procedimento quanto após.
Notas sobre amamentação:

  1. Não há interferência do aleitamento materno na resposta a nenhuma das duas vacinas orais.
  2. É importante ter em conta a idade do lactente para colocar mãe e bebê em uma posição confortável. Quando se tratar de um lactente pequeno, é conveniente que esteja no colo de sua mãe.
  3. O aleitamento materno, sozinho, não é suficiente para proteger contra doenças infecciosas.
  4. Para melhor efeito, inicie a amamentação 2-5 minutos antes da injeção.
  5. Se o seu bebê necessita de mais uma injeção na outra perna, posicione-o no outro seio. Assegure-se que seu bebê fez a pega correta e está sugando bem antes que a próxima injeção seja dada.
Referências:

LEITE, Adriana Moraes et al. Amamentação e contato pele-a-pele no alívio da dor em recém-nascidos na vacina contra Hepatite B. Revista Eletrônica de Enfermagem, [s.l.], v. 17, n. 3, p.1-8, 30 set. 2015. Universidade Federal de Goias. http://dx.doi.org/10.5216/ree.v17i3.31932.
http://www.aleitamento.com/amamentacao/conteudo.asp?cod=2382