Semana da Tríplice Viral: Sarampo

O sarampo é uma doença viral que se manifesta normalmente causando alterações na pele, possui nível de transmissão muito alto e é comum que se desenvolva de maneira mais grave. Entre as principais complicações, principalmente em menores de 2 anos a adultos jovens, estão as infecções respiratórias, a otite (infecção do ouvido e orelha), as doenças diarreicas e neurológicas (encefalite).
Em 2015 um estudo evidenciou que o sarampo pode afetar o sistema imunológico por até três anos após o quadro clínico agudo. Ao se espalhar pelo organismo, o vírus do sarampo é capaz de causar inflamação dos pequenos vasos sanguíneos (vasculite) e diversos sintomas como febre alta (acima de 38,5°C), manchas vermelhas por todo o corpo, tosse, secreção nasal intensa, conjuntivite e pequenos pontos brancos na mucosa da boca (manchas de Koplik), característicos da doença.
É uma doença que afeta o mundo todo, todas as faixas etárias podem desenvolver formas graves da doença e tem picos de infecção entre o inverno e a primavera. No Brasil as infecções tendem a aumentar após períodos chuvosos.
Nos países que mantêm altos níveis de vacinação o número de casos é menor.

Sarampo no Brasil

Uma das principais causas de mortalidade infantil no passado, o sarampo foi sendo gradativamente controlado no Brasil graças às políticas de vacinação conduzidas ao longo de décadas, com destaque para o Plano Nacional de Eliminação do Sarampo, de 1992. Em 2016, o Brasil e as Américas foram reconhecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) como área livre do sarampo.
Infelizmente, devido à queda nas coberturas vacinais, o contato de pessoas que contraíram a doença no exterior com brasileiros não vacinados levou à ocorrência, a partir de 2018, de surtos sustentados de grandes proporções — especialmente no Amazonas, Roraima e São Paulo. Com isso, o país deixou de atender aos requisitos necessários para manter o certificado de eliminação.
Desde então, estratégias públicas de vacinação e vigilância vem sendo implementadas para tentar reverter o quadro no país.
 
Fonte: Familia SBIm

A vacina BCG e ajuda na prevenção do COVID-19?

Em abril de 2020 a OMS publicou um documento onde demonstrava que não existem evidencias clínicas de que a BCG oferece proteção contra a COVID-19. Por enquanto não há motivos para a indicação da vacina BCG fora do que já está previsto nos calendários brasileiros.
vacina BCG, que protege contra a tuberculose, é obrigatória para os brasileiros desde 1976. Assim como no Brasil, vários outros países também consideram a dose essencial nos primeiros anos de vida. É por isso que aquela marquinha no braço é tão famosa! No entanto, recentemente, um estudo norte-americano encontrou uma possível ligação entre a obrigatoriedade da vacina e a pandemia de coronavírus. Os pesquisadores estudaram o avanço e a mortalidade do coronavírus entre 9 e 24 de março em 178 países e observaram que as nações que apresentam um programa universal de vacinação, incluindo a vacina BCG, têm até 10 vezes menos casos e mortes por Covid-19 a cada milhão de habitantes, como é o caso da Coréia do Sul e do Japão. Por outro lado, em países como os Estados Unidos, Itália e Espanha, que tiveram um número elevado de casos e mortes por Covid, a vacina não é obrigatória.
Dessa forma, a “pergunta que não quer calar” é: a BCG poderia ser usada para proteger contra o vírus? Um estudo publicado na revista Nature no último dia 27 de abril revela que vários mecanismos pelos quais a vacina é capaz de fornecer proteção contra infecções respiratórias têm sido objeto de investigação. “Primeiro, a similaridade molecular entre antígenos BCG e antígenos virais pode levar, após a vacinação com BCG, a uma população de células B e T de memória que reconhecem tanto o BCG quanto os patógenos respiratórios. Finalmente, o BCG pode levar à ativação e à reprogramação a longo prazo das células imunes inatas. Esse último mecanismo, que tem sido motivo de muito interesse na última década, tem sido chamado de imunidade treinada 5”, explica a publicação.
Desde então, os cientistas estão tentando testar a hipótese de que a proteção gerada pelo BCG poderia servir também para doenças graves da Covid-19. “Primeiro, os ensaios clínicos na Austrália, na Holanda e nos EUA visam testar se a vacinação com BCG dos profissionais de saúde pode protegê-los do coronavírus. Segundo, estão em andamento estudos para testar o efeito da vacinação com BCG na prevenção da infecção grave por Covid-19 entre idosos. Finalmente, um estudo na Alemanha está testando se o VPM1002, uma cepa de vacina recombinante derivada da BCG, pode proteger os profissionais de saúde ou pacientes mais velhos da Covid-19”, explica o artigo. No entanto, mesmo que as pesquisas mostrem um efeito protetor, muitas questões permanecerão, aponta a revista. “Primeiro, quanto tempo dura a imunidade gerada pela BCG após a vacinação? Segundo, qual é o momento ideal para vacinar?”, questiona.

O QUE DIZ A OMS?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) esclarece, em seu site, que “não há evidências de que a vacina BCG proteja as pessoas contra a infecção da Covid-19. Dois ensaios clínicos que abordam essa questão estão em andamento e a OMS avaliará as evidências quando disponíveis. Na ausência de evidências, a OMS não recomenda a vacinação com BCG para a prevenção da Covid-19. A OMS continua recomendando a vacinação neonatal contra BCG em países ou locais com alta incidência de tuberculose”.
Quanto ao fato de que os países que adotaram a vacinação como obrigatória tiveram um menor número de mortes por Covid, a OMS lembra que fatores como “diferenças na demografia nacional e na carga de doenças, taxas de teste para infecções por vírus COVID-19 e o estágio da pandemia em cada país” também deve ser levados em conta.

O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS?

No Brasil, consultamos o pediatra Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP). No entanto, assim como a Organização Mundial da Saúde, o especialista acredita que é muito cedo para conclusões positivas. “Este estudo foi publicado em março e não tem muita consistência. Não acho que podemos levar adiante esta hipótese, sem que tenhamos mais evidências. Não me parece provável. Acho uma análise muito frágil. Muitas variáveis com poder de confusão nos resultados”, afirmou o pediatra.
 
 
Fonte: Revista Crescer

Vacina da tuberculose (BCG): para que serve e quando tomar

Ontem comemoramos o Dia da Vacina BCG, entenda melhor porquê essa vacina merece um dia dedicado à ela e tire as principais dúvidas sobre a vacina conhecida pela “marquinha” que deixa no local onde é aplicada.
A BCG é uma vacina indicada contra a tuberculose e é normalmente administrada logo após o nascimento, estando incluída no calendário básico de vacinação da criança. Esta vacina não impede a infecção nem o desenvolvimento da doença, mas impede que ela evolua e evita, na maior parte dos casos, as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meningite tuberculosa. Saiba mais sobre a tuberculose.
A vacina BCG é composta por bactérias da estirpe Mycobacterium bovis (Bacillus Calmette-Guérin), que têm uma carga viral atenuada e que, por isso, ajudam a estimular o organismo, levando à produção de anticorpos contra esta doença, que estarão prontos para serem usados caso a bactéria entre no organismo.
A vacina é disponibilizada gratuitamente pelo Ministério da Saúde, sendo normalmente administrada na maternidade ou no posto de saúde logo após o nascimento.

Como é administrada

A vacina BCG deve ser administrada diretamente na camada superior da pele, por um médico, enfermeiro ou profissional de saúde treinado. Geralmente, para crianças com idade inferior a 12 meses a dose recomendada é de 0,05 mL, e com idade superior a 12 meses é de 0,1 mL.
Esta vacina é sempre aplicada no braço direito da criança, e a resposta à vacina leva de 3 a 6 meses para aparecer e é notada quando surge uma pequena mancha vermelha elevada na pele, que evolui para uma pequena úlcera e, finalmente, uma cicatriz. A formação da cicatriz indica que a vacina foi capaz de estimular a imunidade no bebê.

Cuidados a ter depois da vacina

Depois de receber a vacina, a criança pode apresentar uma lesão no local da injeção. Para que a cicatrização seja feita corretamente deve-se evitar cobrir a lesão, manter o local limpo, não aplicar qualquer tipo de medicamento, nem fazer curativo na região.

Possíveis reações adversas

Normalmente a vacina contra tuberculose não leva ao surgimento de efeitos colaterais, além da ocorrência de inchaço, vermelhidão e sensibilidade no local da injeção, que gradualmente muda para uma pequena vesícula e depois para uma úlcera em cerca de 2 a 4 semanas.
Leia também: Quais vacinas tomar durante a gravidez?
Embora seja raro, em alguns casos, pode ocorrer inchaço dos gânglios linfáticos, dor muscular e ferida no local da injeção. Ao surgirem esses efeitos colaterais, é indicado ir ao pediatra para que a criança seja avaliada.

Quem não deve tomar

A vacina é contra-indicada para bebês prematuros ou com menos de 2kg, sendo necessário esperar o bebê chegar aos 2kg para que seja administrada a vacina. Além disso, pessoas com alergia a algum componente da fórmula, com doenças congênitas ou imunodepressoras, como infecção generalizada ou AIDS, por exemplo, não devem tomar a vacina.

Qual a duração da proteção

A duração da proteção é variável. Sabe-se que vai diminuindo ao longo dos anos, pela incapacidade de gerar uma quantidade de células de memória suficientemente robusto e duradouro. Assim, sabe-se que a proteção é superior nos primeiros 3 anos de vida, mas não existem evidências de que a proteção seja superior a 15 anos.

A vacina BCG pode proteger do coronavírus?

Segundo a OMS, não existe qualquer evidência científica que demonstre que a vacina BCG é capaz de proteger contra o novo coronavírus, causador da infecção COVID-19. No entanto, estão sendo feitas investigações para entender se realmente esta vacina pode ter algum efeito contra o novo coronavírus.
Devido à falta de evidência, a OMS recomenda a vacina BCG apenas para países em que existe um risco aumentado de pegar tuberculose.
 
 
Fonte: Tua Saúde

Recomendação da Dose 0 de Sarampo do Ministério da saúde e situação atual do Sarampo

O sarampo já foi uma das maiores causas da mortalidade infantil no Brasil. Em 1992 após a campanha nacional de imunização o número de casos notificados caiu de 42.934 para 7.934.
Em 2018 a taxa de cobertura vacinal no Brasil baixou, foram registrados mais de 10.00 casos e deixamos de ser um país com selo de erradicação de sarampo. Desde então diversas medidas foram adotadas para conter o aumento do número de casos: o Ministério da Saúde introduziu a dose 0 para crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias, aumentou o controle da vacinação de rotina com 12 e 15 meses de idade, orientou a vacinação dos trabalhadores de saúde e completou ou iniciou o esquema de doses de quem tinha a necessidade de vacinação.

Situação Epidemiológica do sarampo no Brasil

Ao contrário do que parece o surto de Sarampo ainda está em curso no Brasil, na região norte, com estatísticas alarmantes, nos primeiros 5 meses foram notificados 10.025 casos de Sarampo.
Leia também: Nove milhões de jovens ainda não têm proteção contra o sarampo
Para conter os números de casos é imprescindível aumentar a cobertura vacinal, a vacina Tríplice Viral está disponível em todo serviço público e privado e todas as crianças maiores de seis meses devem estar vacinadas.

 Recomendações:

  • Fortalecer a Vigilância Epidemiológica do Sarampo e reforçar as equipes de investigação de campo para garantir a investigação oportuna e adequada dos casos notificados.
  • A vacina é a medida preventiva mais eficaz contra o sarampo.
  • Medidas de prevenção de doenças de transmissão respiratória também são válidas e os profissionais devem orientar a população sobre: a limpeza regular de superfícies, isolamento domiciliar voluntário em casa após o atendimento médico, medidas de distanciamento social em locais de atendimento de pessoas com suspeita de doença exantemática, cobrir a boca ao tossir ou espirrar, uso de lenços descartáveis e higiene das mãos com água e sabão e/ou álcool em gel.
  • Importância dos estados e municípios apresentarem Planos para o enfrentamento da doença.

 
 
Fonte:Saúde.gov.br

Meningites Meningocócicas #TenhaMedodaDoençaeNãodaVacina

Conhece o meningococo? 

O meningococo é uma bactéria que pode causar meningite e septicemia, duas infecções graves. Os sintomas mais comuns são: febre alta e repentina, dor de cabeça intensa, rigidez do pescoço, vômitos e em alguns casos sensibilidade à luz (fotofobia) e confusão mental. Além desses sintomas, também pode acarretar cegueira, surdez, problemas neurológicos e amputação de membros.  Quando alojado na corrente sanguínea o meningococo é ainda mais agressivo, sendo letal em 7 a cada 10 pacientes.
Existem cinco tipos mais comuns no mundo, sendo eles: A, B, C, W e Y.

O que é meningite?

É a inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal e pode ser causada por diversos agentes, a forma mais comum da doença é a meningite viral, para as meningites virais não existe vacina. Já as formas mais graves da doença são derivadas de bactérias que podem levar pacientes a óbito em até 24 horas.

O que é septicemia meningocócica?

Acontece quando a meningocócica se aloja na corrente sanguínea e se multiplica danificando a parede dos vasos sanguíneos e causando sangramento na pele e órgãos.
No Brasil o tipo C é o responsável pelo maior número de infecções, porém desde 2010 quando a vacina passou a ser oferecida no serviço público para menores de 5 anos, o percentual de registros por meningite C passou de 70% para 59% em maiores de 5 anos. Com a redução do tipo C o tipo B ganhou força e passou a ser o segundo mais frequente, em menores de 5 anos é responsável por 60% dos casos.
Na América latina o tipo W também tem muita força, na argentina, por exemplo, é o agente causador de mais de 50% dos casos de meningite meningocócica. Próximo à Argentina, em Santa Catarina o tipo W é o responsável por 43% dos tipos.
Essas bactérias são transmitidas de pessoa para pessoa através de gotículas de secreção respiratória e de garganta de portadores (muitas vezes assintomáticos). Beijos, espirros, tosses e o compartilhamento de objetos são meios de fácil transmissão e contaminação.
Atualmente existem no Brasil três vacinas contra o meningococo, são elas: Meningite C que está disponível no serviço publico, Meningocócica ACWY e Meningocócica B, ambas disponíveis somente no serviço privado. São recomendadas na rotina de vacinação infantil a partir dos 2 ou 3 meses e para portadoras de algumas doenças crônicas, independentemente da idade, com recomendação médica.
 
Fonte: https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacina-meningococica-b